terça-feira, 26 de junho de 2012

Ao seu próprio ritmo

       Sem pressa, com seu compasso, a vida passeia por nós ao seu próprio capricho. Dotada de organismos conscientes a regular seus ciclos, a circular rumo a encontros, desencontros e reencontros. São as pessoas as células desses organismos, é a imaginação, é o sentimento seu tecido. Seu coração pulsante é a ressonância de tudo que agimos, decidimos e realizamos por tentar ditar seu ritmo. Nossas vozes sua trilha sonora, nosso silêncio sua poesia.

       Se a vida pensasse, não saberíamos como ler esses pensamentos. Essa vida não pensa em nós, apenas nos arrastamos em seu magnetismo, atraindo e afastando-nos uns aos outros. As areias do tempo formam o grande deserto onde está enterrado o sentido de tudo isso, e como gatos com caixas desses grãos, movemos pequenas porções com nossos membros limitados. Alguns encontram areia movediça entre as formas desse deserto, e as memórias de tempos melhores são as cordas que os resgatam à superfície segura que é a felicidade: um oásis.

       Ao ritmo de nossos passos se encaixa um arranjo intrincado, que é som da vida seguindo como sinfonia de gênio, cheia de tons inesperados, despertando o agradável sentimento de surpresa. Ficamos para trás e não queremos a alcançar, pois nunca para até que ecoe de volta.
As palavras se dissolvem no silêncio geral, mas ecoam na mente.  (Érico Verísssimo)

sábado, 21 de abril de 2012

Culpas e desculpas

Sempre aprendendo, nos encontramos em situações que novamente nos inspiram. Às vezes tomamos decisões impulsivas para manter o controle das coisas, e estas então passam a nos controlar. Nossos maiores medos nos tomam,precipitamos aquilo que merece tempo dedicado.Fui vítima de minha própria urgência, mesmo quando achava que já lhe tinha tomado por controlada. A estratégia de ser um homem simples, de agir com a mais calma simplicidade me tomou por um simplório. Não se criam laços com a velocidade que estes se desfazem, infelizmente. Romper defesas é muito mais complicado que criá-las, por mais contraditório que pareça. Estas se formam naturalmente, se deixarmos. O impulso, resultado da fobia, resulta em culpas. Afobação. Esta tem origem onomatopaica, que faz lembrar o arfar de uma pessoa apressada e aflita. Quando encontramos alguém que bom demais parece para ser verdade, aos primeiros sinais do que parecem defeitos, encontramos desculpas para afastar essas pessoas. O pessimismo de nossos dias presentes nos impede de abraçar a vida da forma como ela se apresenta. De celebrá-la. Aquele que quer ser o "ladino de corações" foi incapaz de acreditar que conquistou na velocidade em que esperava. Ficam as mágoas, vai-se a confiança, reserva-se a lição. Cuidado com o que deseja, pois pode ter tudo isso e muito mais.
Há um remédio para as culpas, reconhecê-las. (Franz Grillparzer)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Blogs irados!

Eai amigos, tá meio caído isso aqui, não é? Reparei que ainda não postei nada em 2012, apesar de a vida ter mudado quase que da água para o vinho. Mas é impressionante que eu ainda não tenha adicionado um link do Vida Jogada, cujo nome eu até dei uma forcinha pra desenvolver. Tá lindo o design, e os textos sempre superpertinentes.
Um abraço pessoal!