domingo, 4 de julho de 2010

Você é sua própria doença...

Sofro de um mal que não é recente, mas remanescente: a auto-piedade. Você é sua própria doença em tempos tão estressantes. Sabe que se viver totalmente preocupado com o que deixou de realizar vai viver cada vez menos. Por mais que ser medíocre não seja nenhum crime, em meu próprio tribunal sou réu confesso. Tanto por realizar, tantas escolhas que não fiz por ter sido mimado desde pequeno, e não ter tomado coragem na vida, e com essa história de o mundo acabar em 2012, vai saber onde param as paranóias?
A vida nunca foi difícil pra mim, e sempre tive por ela um encanto que se perde da razão. Vejo as pessoas como eternos potenciais, e sempre estou disposto a me surpreender com elas. Me tornei melhor amigo de um sujeito que era para mim uma escória, quando eu mal sabia o que era isso, e hoje, depois de quase 15 anos somos como irmãos, um grande ser humano que se tornou e vive tentando me tornar. Daí vem minha fé, e se tivesse que ser defendida talvez esse seria seu maior baluarte. As pessoas são complexas, e os olhos do observador influenciam o experimento.
No trabalho um grande responsável por uma injustiça contra mim se tornou quase como um pai porque apesar do ódio, soube como perdoá-lo, e este soube como se arrepender. Demorei para encontrar a paz com algo que realmente me agradasse e finalmente consegui aos 24 anos. Estou num curso em que exploro muito de meu potencial, não é o ideal de organização e boa administração, mas posso exercer meu "poder das palavras". A vida me surpreendeu mais uma vez e após anos sem estudar com a devida propriedade consegui um primeiro lugar, por estar em alfa durante o vestibular e ter o coração no que fazia. Não é grande mérito numa universidade privada, mas vale para provar o ponto: a fé em si mesmo.
Existe um grande potencial em cada um de nós, que cedo ou tarde descobrimos como despertar. Me emocionei em uma aula, em que uma professora mencionou que o futuro será um lugar em que as pessoas falarão três idiomas ou mais, não só pelo carinho que já tenho pela mesma, mas por ela estar falando, aleatoriamente, de um sonho meu. Não deixo que percebam minha emoção, se não houver intimidade, infelizmente sofro de egoísmo. Como não acredito em coincidências sei que finalmente em algo na vida estou no caminho certo, e a vida tem uma vida própria, que toma um ritmo diferente para cada um. Quem passar por aqui vai se perguntar o porquê de uma partilha repentina de experiências pessoais pouco importantes, diante do todo, mas eu explico: está no título. Estou tentando me curar de mim mesmo, e obrigado por fazerem parte disso.

Um comentário:

  1. Fala Leandro! Como você está?

    Não sei se lembra de mim, mas guardo com carinho lembranças do pessoal do ensino médio.

    Boa sorte na sua odisséia! hehehe

    Forte abraço!

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