domingo, 11 de dezembro de 2011

Simples assim

Simples assim. Simples como é fácil ser simples. Simplesmente teria que existir todos os dias. O simples fato de ser simples sem ser simplório. Na simples tentativa de saborear as simples coisas da vida: simples prazeres, simples sabores, simples mulheres, simples ocasiões em que ser um homem simples é simplesmente perfeito. Simples como acaba de ser agora. Simplista, mas sublime no ato de simplificar a vida para caber nas pequenas coisas.



Be something you love and understand.
Gary Rossington

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

El Olvido

Como estuve tan lejos de mi casa, no lo sabes nadíe. La vivacidad de mis palavras se quedó acerca de mi espiritu, pero no ha volado a el papel y se pierde en el olvido.
Yo no quiero más saber lo que escribir, si el tiempo en que lo supe, yo he hecho a la persona errada.

Quedarse en una vida llena de culpas y no saber como huir. El nombre de mis mayores amores ha sido sustituido por tuyo. La calle en que viviste ha se tornado la última en que yo quiero caminar.

Te deseo lo mejor, pero no te deseo más.

Um quadro só sobrevive, graças àquele que o olha.
Pablo Picasso

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tentações da mente

Piores que as tentações da carne, são as da mente. Se às vezes somos levados a desejar o que nos é proibido, e nos deixamos levar por esse pecado não consumado que é a cobiça, é porque somos apenas carne. Se a carne é tenra, e nos provoca o apetite pelo perfume, de flores ou frutas, é porque todos temos fome. A mente é capaz de tornar o desejo um crime, e antes de o cometermos, já estamos condenados.

Condenação é não consumar o que se deseja de todo coração, porque de toda mente, já estamos loucos. A cada dia mais expostos a nossos temores, a cada dia mais nús em nossa própria pele. Não há privacidade, não há nem tanto a ser íntimo por
compartilhar um prazer. Diante de todos os nossos sentimentos contrários, ainda assim revelados a todos.

Liberdade é condenar as proibições, desinibir o que é mais puro: o desejo de gozar a vida. Temos mais facetas do que parece, temos mais perfis do que enxergam os olhos. Com tantas identidades, não há um porquê nos obrigando a viver limitados. Há quem diga que pareceremos indecisos ou falsos. Há quem diga que pareceremos invejáveis.

No fim, sua consciência vai buscar aquilo que você fez, apenas. O que não fez, será por falta dela.



Há o dia de ser Queiroz, e há o dia de ser Feijó.
Leandro Eugênio Costa Santos

sábado, 10 de setembro de 2011

Novidades

Eaí galera, lancei aqui um espaço com links de vídeos bacanas,
logo acima das postagens, pra quem quiser fuçar um youtube en
quanto lê, ;)
Aproveitando pra divulgar um curta sensacional de amigos meus:
"Paredes", que tem um trabalho de legendagem em inglês feito
por uma parceira da faculdade (Thamy) e eu, mas por enquanto
posto apenas a versão original em português, 10 minutos de
pura poesia, introspecção, e muita verdade, nua e crua.

Vamos derrubar as paredes!

Você é o que você consome

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Colorful exposition

The same way a color can be bright, it becomes dark all of a sudden. If shiny happy people shone all the time, they would become a repetition of colors, tedious exposition of the same pictures. A simple white upon black, a complex double rainbow, our eyes still capture at the same speed.

Never again will I look the way I did for the same color everyday. The gift of a true color can only be seen when no one's looking, just with a glimpse. Find a better color in yourself, then look back at the others. The way of simple life, the way in which there's no way, the total exposure.

An open defense, a self-controlled facet of your life. The enemies may see, the friends already did it, but no one will look the same ever again. A new, colorful exposition. What seemed old, shall rise anew, the passion will shine brighter, the smiles more invitating, and even tears, just to wash away the canvas.

Shine on.
Life is a game. Play it.
Blessed Teresa of Calcutta

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Rastros na pele

Tudo que deixamos, tudo que assumimos, deixa rastros na pele. Se arrastamos sentimentos e relações através da vida, as conseqüências nos carregam a outros
rumos, sem planos, sem perspectiva, não sabemos no que vai dar.
Tudo que tocamos,tudo que nos tocou, além de deixar as óbvias marcas de lembrança, carrega sentimento,de que é ou foi nosso.

De tanto querer nos expandir, quebrar limites e cruzar horizontes, cruzamos o espaço que às vezes não é nosso. Quem é meu e quem é seu, o que é dos outros, o que é nosso ao mesmo tempo, como determinar? Não há como reproduzir nossos desejos em tudo, e insistimos em fazê-lo, em tentá-lo.

Quando achamos que é “coisa de pele”, pode ser “coisa de momento”. O tempo em que as pessoas descobrem seus sentimentos vive se desencontrando. O rastro na pele que ficou por anos, quase sempre é apagado por um momento breve, pois tudo que é bom tem o tempo como adversário. Nada difícil reparar que passa rápido o que mais gostamos, e tudo que desgostamos parece arrastar-se pelo tempo e causar trauma.

O fim às vezes é brusco, porque alguém tomou o passo mais duro, o que machuca a sola,o que abre o caminho para novos passos. Fomos deixados pra trás, deixaremos tantos outros, mas a quem deixou de lado o passado, parabéns, pois tem o precioso presente guardado em uma bela caixa, com carinho, para aproveitar o futuro. Há que se dar lugar a novos rastros.
A mente que se expande para uma nova idéia nunca mais volta ao seu tamanho inicial
Albert Einstein

sábado, 9 de julho de 2011

Fios de mulher

Mais de 120.000 fios em algumas cabeças, essas substâncias fantásticas e resistentes que elas carregam por toda a vida o conduzem em seu magnetismo e eletricidade. Sim, os cabelos de mulher provocam impulsos, o fazem tremer, ou simplesmente o acalmam, ao serem contornados em suas delicadas orelhas.

Os favoritos deste escritor são os ruivos, e por eles é que ele perde o sono esta noite. As sardas, as covinhas no sorriso, são meros acessórios sedutores da musa deste sonho. Ele caminha através de ruas cobertas de folhas ao chão, em uma cidade vazia, com prédios e mais prédios se encontrando nas várias quadras, que percorre com os pés suados e descalços.

Com as passadas, são passados os momentos que não cabem no tempo. Ela anda em um vestido branco, sempre olhando para trás com o riso gostoso, deixando gosto de saliva na boca do amigo das letras, que contaria aos amigos se pudesse, a vantagem de estar aqui neste momento.

Fios brancos dos seus cabelos são pretos no sonho, já que ele é um rapazote de novo. É ela a mulher que deixou para trás quando cresceu, é sua primeira e sua eterna paixão. Passa a correr, contrariado de não alcançar jamais a dama que o despista. Não é à toa que a cidade inteira está vazia: tão caprichosa que é, esse cenário tem que ser só seu.

Assim como as ruas conduzem o perseguidor, são conduzidas as pegadas de seus pés sujos, a um rumo que não se sabe ao certo, já que as horas caminham para o fim de mais uma noite de suor e solidão. O relógio marca 5 da manhã, hora de se embriagar um pouco mais para poder voltar a dormir. De tanto repetir o sonho, já é um relógio ajustado seu próprio corpo, que pede de novo pela rotina. Um gole, dois goles, três... apagam da memória a dama do passado, para que amanhã surja nova inspiração para escrever, vencida a tristeza.

domingo, 19 de junho de 2011

La consistencia del alma

Un regalo de Diós, una fuente de esperanza, el alma puede ser
llamada de formas distintas, pero el sentimiento que se transmite
por eso és siempre lo mismo. De cada uno de nosotros, se puede
conocer solo la piel: el mayor órgano del cuerpo humano, o animal,
y por eso se puede conocer el primer aspecto de todo.

El alma tiene un deseo que camina por toda la vida, el sentido
de la existencia. De donde se puede controlar la busca por este
camiño so los más iluminados pueden alcanzar la dirección. Se deseos
pudesen caminar, por supuesto.

A ninguno de nosotros fué lo dito lo que és verdad. Vamonos a
la descobierta de nuestros corazones. La lengua és una puente
para tanto.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O poder do verbo

A maior força do ser humano está em sua boca, e é impressionante o porquê: nossos dentes são os mais fortes ossos, e a língua o mais forte dos músculos. Mas não por isso.Somos capazes de deter a espada com a palavra, e nos épicos contos a palavra bem medida ajoelha qualquer temor.

Aquele que conhecemos por Criador, às vezes é também referido como O Verbo, para provar o poder da palavra. Nos dentes encerrados estão as nossas maiores verdades, e nosso desejo de dizer. Tanto a ser dito em cada novo dia, que às vezes falta o tempo, que é o senhor de todas as coisas.

Uma bela canção dificilmente é considerada assim sem palavras fortes, versos bem formados, rimas ou palavras atrativas. Infelizmente nem todos têm o encanto pelas letras e suas mágicas combinações, numa era predominantemente digital e em que as pessoas cada vez menos param para apreciar algo sem pressa ou urgência.

Entristecer-se por essas circunstâncias também não é a medida mais justa. Sem que haja a crença que existem novas e criativas maneiras de revertermos isso, não é possível continuar tentando. Somos crentes de nossas palavras, e não devemos deixar tomar conta os sentimentos negativos, se não para transformá-los em belas obras, ou belos textos.

A caminhada é longa, e ainda não temos que fazê-la em ambiente virtual ou invisível, que é sólido o nosso aprendizado através da experiência, e é fisiológico o nosso processo produtivo. Demos tempo ao que é temporário, que haverá meio de caber tudo no mesmo
dia.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Enxergando em vermelho

Na alegria e na tristeza, o canal lacrimal é o mesmo. De tanto rir e chorar, e chorar de rir,desgastamos ao longo da vida a água de um recurso que temos em nós, felizmente renovável. No início de nossas vidas, choramos para a vontade de viver se manifestar, e para mostrar que temos voz, e no final delas, sorriremos se nada mais puder ser dito.

Derramaremos sangue, suor e lágrimas ao longo do caminho, mas sempre haverá alguém por quem faremos isso, mais que nós mesmos. Alguns um pouco mais, outros um pouco menos, como se houvesse em certos de nós uma válvula ou um botão de “desliga” para ativar e desativar os sentimentos.

Lutaremos para descobrir a resposta de como renovar certas fontes no mundo, mesmo sabendo no fundo que a resposta está em nós mesmos, ferramenta poderosa que é o autoconhecimento e os infinitos reflexos de seu domínio no cenário que nos cerca.

De olhos doentes, enxergaremos novos aspectos de nossa realidade, como de um grande cárcere ou privação pode surgir uma inspiração iluminada, ou algo que o valha. De nossas divagações estão nascendo vários novos cenários, várias infinitas possibilidades o tempo inteiro, e se não pudéssemos selecioná-las, enlouqueceríamos.

Às vezes, como tenho constatado, do mais simples modo de vida surgem os mais completos resultados. Há que ser simples dizer a verdade, dizer o que se sente, conquistar o que nos é de direito, se assim o permitirmos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Um salto de fé

Ele sai de casa. Passos firmes que delatariam, se pudessem falar que está atrasado. Se nenhum de seus relógios lhe traz a hora em uma bandeja, como está acostumado, às vezes comete esses deslizes. De tão complicado adaptar-se a sua nova realidade, vindo de tão longe, não é raro tentar contornar tudo com bom humor, e é assim que faz neste momento.

Ao contornar a esquina de seu bairro, depara-se com a nova façanha que o aguarda: apanhar o ônibus que já parte apressado do ponto de parada. Está obstinado. Mira para o objetivo com um olhar firme e dá passos largos, agora leves, velozes o suficiente para tornar-se desengonçado, o salto que dá para pegar o fugitivo é parecido com um bote de um felino em sua presa.

Seria épico se não fosse cômico: um adolescente com as pernas balançantes em pleno ar, agarrando-se desesperado a duas barras de apoio, que para completar estão meio bambas. Sua real sorte está apenas no fato de ser ainda incomum que haja tantos observadores assim a essa hora da manhã.

Sabe-se lá a hora em que surge um novo carro nessas horas, seu bairro é muito afastado, quase periférico. Impressionante como a adrenalina faz a cabeça calcular de tudo nessas horas, e conta malfeita aqui termina em tragédia.

O motorista assustado quase deixa morrer o motor do coletivo, com o som de algo sendo arremessado para dentro do ônibus. Santas Inércia e Gravidade, sua providência não permitiu que o pecador se esborrachasse. Está indo para a aula no colégio católico, afinal, tem que contar sempre com milagres, e assim ri de si mesmo, esperando contar o feito aos amigos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Asas

Que fascinante é a mente humana. Se estamos com os pensamentos inundados por tristezas e decepções, tendemos a literalmente mergulhar nesse estado. Mas ainda assim, a busca pela superfície nos leva a um caminho cheio de esperanças, e surgem belas novas idéias de como não acabar novamente dessa forma, quase afogados.

Nos momentos mais obscuros e reservados, nutrimos reflexões tão elaboradas e profundas que surgem belos textos, belas impressões de como encaramos a vida. Se o motivo de tais decepções é o fracasso próprio ou de outros, atingimos diferentes graus de introspecção, e quanto mais profundas as águas dessas cavernas escondidas em nossas mentes, mais parecemos reunir fôlego, sempre querendo descobrir o fim do túnel.

Como um praticante de apnéia (que normalmente não passa dos 40), duram pouco esses períodos de inspiração e assim como falta o ar aos pulmões depois de tanto mergulhar, surgem os bloqueios, “morre” a vontade de produzir algo novo. Mas o mais magnífico pouco há de ser como um pássaro capaz de mergulhar nas águas e voar ao emergir delas, buscando o alimento que nutre seu corpo, e aqui, neste caso, nossa alma.

Dar asas à imaginação ao invés de permitir apenas que mergulhe na tristeza. Nenhuma tristeza é invencível, mas é preciso, como o pássaro, estar sempre em bando ao tentar encontrar um novo caminho, pois é de onde retiramos nossa inspiração, de novos caminhos.

Aquele que torna suas melhores idéias uma contribuição às de outro, ou uma feliz comparação ao que já é consagrado é felizardo. Somos todos como crianças nesses novos tempos, sempre em busca de reconhecimento, como tive a felicidade de ouvir dizer um escritor num belo filme, e reconheço a criança que às vezes volta a ensinar ao adulto que me tornei.

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre novos começos e frutos...

Os tempos mudaram. Não há nada de mais esperançoso que um novo começo. Penso que existem agora novas possibilidades, se conseguir lidar com os sentimentos que cavaram seu caminho até a superfície. Tenho novamente a vontade de rugir e afugentar todos eles.

Não há mal que não possa ser afastado, e talvez existam no fim desse horizonte muitas páginas de uma longa história de redenção. Penso que ainda posso fazer desse livro um best-seller em meu coração. Meu leitor mais crítico, mais exigente, está faminto, e descubro que sou eu mesmo e meu ego de leão.

Ainda não havia me alimentado de duas mordidas, mas desta vez manifestei fome maior,e este alimento é para a alma. Todo desabafo traz consigo uma leveza, e como tal, minha "pluma" estava sobre o papel, e leve como é, pairou sobre minha criatividade e deu asas a isto.

Sou novo e há velhos dentro de mim, que parecem me apegar ao meu comodismo. Mas o velho espírito às vezes habita corpo jovem, e sabedoria vem com isso, somada um vigor para caçar novas presas. Quero ser uma fera enquanto lido com esses conflitos da alma, e ser um pássaro enquanto lido com a leveza da vida simples que escolhi para esta nova fase.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Don't you worry about a thing...

Life is going to set a smooth pace, if we just let it. The way things can turn upside down can be pretty harsh sometimes, but we aren't given anything we can't handle. The fear of death, the desire to love, the simple wish of staying idle,
we can go through that everyday and still never feel the same when it happens time after time.
Some events will change our lives forever, but we can never overcome anything, it shall become part of who we are, and then again, no regrets should be felt as a way of moving on. We see pain depicted on some faces, and see bright smiles just a second away from each other, and have to balance it all at the end of the day.
How can we keep struggling until we become mad? No one has that answer. The pace is set down, and that is what we must keep. Our beloved ones that are gone would take no excuses if we didn't try our best.

I know maybe you can't read this, but go in peace, bro, you'll be missed even though we didn't have the real chance to become real brothers...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Palavras de dois gumes

Já parou pra pensar que tudo que se escreve tem quantos sentidos quiser aquele que lê? É possivel fazer uma declaração de amor ao falar sobre uma amizade, tornar um romance uma saída sem compromisso, e até sufocar sem usar o travesseiro ou as mãos, se há no leitor um pensamento que convide a essas interpretações. Somos todos cheios de espadas nas mãos, e essas são as palavras.
Se cada um conseguisse o resultado que quer ao escrever algo, não seria necessário analisar gestos, olhares e rostos. Conversaríamos o tempo todo através destas letrinhas em monitores. Não há meio de ir contra a era digital sem tornar-se ilhado. Com cada um dos nossos pensamentos e sentimentos é possivel escolher um dos gumes da palavra.
Não somos luas, mas temos nossas fases, e em algumas queremos nos sentir o Sol da vida de alguém, outras apenas ficar longe das estrelas, com os pés firmes ao chão. Essas fases afiam ou cegam as lâminas dos nossos argumentos. Já cortamos e fomos cortados, mas as cicatrizes nos mostram o caminho.
Se o contato dos olhos não pode dizer a verdade os movimentos do corpo o fazem, mas as letras em mensagens e em recados virtuais não nos fazem justiça em nossa riqueza de significados e intenções. O baú de nossos tesouros emocionais e pensamentos preciosos está aberto apenas a quem quer enxergar seu brilho. Vamos cavar fundo e achá-lo ao fim da jornada.