Granizo

Quando o calor dos ânimos e alegrias toma conta do âmago, parece que o amor à vida protege como armadura. Nem o frio da chuva, nem o gelo que é granizo penetram a casca do homem transformado.

Seus cabelos carregam os gravetos e as partes minúsculas, que carrega o vento. Ele está recarregado. Tão novo que está, a doença, que é coisa antiga, não mais lhe toma conta.

Surpreso que está, reflete e transforma em verbo o grau em que se satisfaz. Orgulho de leão, autocrítica de eterno espírito insatisfeito, que é humano e indomável.

Alegria é chama.

Repetindo...

Passo a passo, cadenciadamente, o repetir cansa,  o que tanto adoramos na infância faz parecer fadiga naque que cresce.

Dedicamos nossos gostos para refrões, ritmos e repetições na música, nas imagens que formamos em nossas mentes, sempre repetindo bons estímulos e hábitos, que nos distraem.

Por que nos transformamos pelo ambiente e deixamos nos levar? Repetição também é vida. Seu coração está repetindo as batidas para que viva. Repetir a tarefa é cansativo, mesmo que  nos ensine tanto.

O que vai custar repetir os mesmos sentimentos e escolhas, balanço algum calculará com precisão. Se formos leves e serenos, o balanço da cadeira repetindo há de trazer de volta a inocência do infante ao coração do idoso.

Vamos repetir boas ações e sentimentos...
Juntos?

Abracei

Por onde andavam os meus abraços, que esqueci que andavam por aí? O sentimento que traz de volta o encostar de corações, que traz a terapia à alma em apenas alguns segundos. Por aqui andam juntos com minhas letras, superficiais ou profundas, mas para tocar quem se importe.
Por onde não andam as coincidências, fazem crescer o espírito, os abraços em uma belíssima palavra, em inglês, mesmo tão curta H.U.G.: Helping Us Grow. Por tempos em que estive em silêncio e por inspirações que se perderam há meses, o abraço as trouxe todas.
Por repetição, por hábito, por prazer. Ontem abracei, hoje abraço, amanhã abraçarei.