sábado, 14 de agosto de 2010

Saber o que escrever

Por que alguns de nós sabem o que escrever, mas não escrevem o que sabem? Somos capazes de tanto sentimento, de tanto amor, que até dói, e alguns de nós, de sentir tanta dor até que se ame sentir dor. Que grande mistério é o ser humano. Descobri esses dias que é possível produzir a própria droga depressiva, e viciar-se nela. Assim como é possível produzir a própria droga de otimismo e viciar-se nela. Dentro de nosso próprio corpo!
Não há poço mais fundo que a alma humana. Se olharmos para o abismo, o abismo olha de volta para nós, como disse um sábio escritor.Somos capazes de mergulhar sem saber se há fundo, se vamos nos chocar contra ele, ou se vamos voltar à superfície. Pode haver profundidade no que se escreve, que se perde quando em nossas ações, só conseguimos fazer transparecer o que há por cima d'água. Sim. Esse universo de reações químicas e correntes elétricas que é o corpo tanto poderia ser um poço que mais de setenta por cento de sua composição é água.
Alguns de nós são iguais a outros, e muitos outros repetem o que dizem aqueles que consideram iguais, mesmo querendo ser diferentes. É tudo vida. Se houvesse uma resposta para tanta falta de sentido em nossos comportamentos e desejos, não precisaríamos passar por tantas fases e tantos ciclos de tempo para descobrir que o destino está na jornada.
Estou aqui. Estou vivo. Você está aí? Minha vida vai se misturar à sua, e a sua à minha. O que resultará dessa mistura de líquidos, essa eletricidade que nos percorre quando choramos, ou nos sentimos felizes, e dessa grande experiência química que é a vida? Venha descobrir comigo.

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