quinta-feira, 28 de abril de 2011

Enxergando em vermelho

Na alegria e na tristeza, o canal lacrimal é o mesmo. De tanto rir e chorar, e chorar de rir,desgastamos ao longo da vida a água de um recurso que temos em nós, felizmente renovável. No início de nossas vidas, choramos para a vontade de viver se manifestar, e para mostrar que temos voz, e no final delas, sorriremos se nada mais puder ser dito.

Derramaremos sangue, suor e lágrimas ao longo do caminho, mas sempre haverá alguém por quem faremos isso, mais que nós mesmos. Alguns um pouco mais, outros um pouco menos, como se houvesse em certos de nós uma válvula ou um botão de “desliga” para ativar e desativar os sentimentos.

Lutaremos para descobrir a resposta de como renovar certas fontes no mundo, mesmo sabendo no fundo que a resposta está em nós mesmos, ferramenta poderosa que é o autoconhecimento e os infinitos reflexos de seu domínio no cenário que nos cerca.

De olhos doentes, enxergaremos novos aspectos de nossa realidade, como de um grande cárcere ou privação pode surgir uma inspiração iluminada, ou algo que o valha. De nossas divagações estão nascendo vários novos cenários, várias infinitas possibilidades o tempo inteiro, e se não pudéssemos selecioná-las, enlouqueceríamos.

Às vezes, como tenho constatado, do mais simples modo de vida surgem os mais completos resultados. Há que ser simples dizer a verdade, dizer o que se sente, conquistar o que nos é de direito, se assim o permitirmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário