quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tentações da mente

Piores que as tentações da carne, são as da mente. Se às vezes somos levados a desejar o que nos é proibido, e nos deixamos levar por esse pecado não consumado que é a cobiça, é porque somos apenas carne. Se a carne é tenra, e nos provoca o apetite pelo perfume, de flores ou frutas, é porque todos temos fome. A mente é capaz de tornar o desejo um crime, e antes de o cometermos, já estamos condenados.

Condenação é não consumar o que se deseja de todo coração, porque de toda mente, já estamos loucos. A cada dia mais expostos a nossos temores, a cada dia mais nús em nossa própria pele. Não há privacidade, não há nem tanto a ser íntimo por
compartilhar um prazer. Diante de todos os nossos sentimentos contrários, ainda assim revelados a todos.

Liberdade é condenar as proibições, desinibir o que é mais puro: o desejo de gozar a vida. Temos mais facetas do que parece, temos mais perfis do que enxergam os olhos. Com tantas identidades, não há um porquê nos obrigando a viver limitados. Há quem diga que pareceremos indecisos ou falsos. Há quem diga que pareceremos invejáveis.

No fim, sua consciência vai buscar aquilo que você fez, apenas. O que não fez, será por falta dela.



Há o dia de ser Queiroz, e há o dia de ser Feijó.
Leandro Eugênio Costa Santos

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