domingo, 18 de julho de 2010

Férias: tempo de nostalgia

Imaginem vocês que estas férias foram uma retomada do que não foi tomado. É, por mais incrível que pareça, o tempo não toma coisas enraizadas. Ouvindo sons do passado, que não têm época pra mim, dei muitas risadas lembrando de como Linkin Park, Creed e Iron Maiden falavam de coisas em suas letras que pareciam escritas pra todos nós adolescentes. Tardes de RPG, de telefonemas pra paixões pra conversar por horas, de idas ao cinema, partidas de boliche.
Como parecia fácil imaginar eu mesmo dizendo aquelas palavras das letras de música pros amigos e pras garotas amadas. Sempre passaremos por várias identidades pra morrer em uma só: a que criamos pra lidar com o mundo. É lindo se identificar com uma letra de música, ou um(a) personagem de filme. Como disse um amigo meu de forma genial numa canção, "viver mil vidas e morrer só uma". Recomendo a todos vocês que dirigem, que peguem uma estrada ouvindo um som que os faça viajar no tempo, ou mesmo deitarem na cama e deixarem a mente ir pra longe, isso é pura meditação.
Meçam a si mesmos para ver o quanto cresceram, e comparem com tempos passados. Você viveu seu sonho? Choro pelos meus amigos que viram morrer os deles, choro por ter aberto mão de alguns dos meus por uns, e ver que os mesmos sonhos se chocariam contra mim anos depois. Só sei que essas férias estão longas, um tanto além do que gostaria.Tem sido duro para os que me amam estar por perto. Quando faltam as palavras, quando transparece que pareço ter me viciado em pensamentos tristes.
Sempre fui o palhaço da turma, que ri mesmo quando quer chorar. Mas recomendo também que olhem pro mar, inspirem e expirem por 5 minutos, e viajem pelo alfa que está em todos nós. Aos que praticaram ou praticam artes marciais, lancem ao ar o stress ao golpear a esmo, ao relembrar uma lição. A maior batalha da vida é alguém vencer a si mesmo e devo confessar que a cada dia me aproximo mais dessa vitória.
Recordar é viver, apesar do clichê, e é maravilhoso estar vivo. Ser o senhor do próprio tempo, e deixar que o que precisa ser superado faça parte de mim. Não cumpri algumas de minhas promessas, mas toquei à frente vários projetos. Cada dia escrevo melhor com a mão esquerda, sou mais livre dos meus fantasmas, e me preparo para o retorno. Até pensei em aprender a atirar com a mão esquerda,mas não acho que deva saber muito mais sobre isso. É terrível ter poder sobre a vida e a morte em tempos de voltar à superfície. Nada de se afogar de novo. Como é dificil mas libertador ser otimista! Não vejo a hora de dar seguimento ao rumo do sonho.

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